O Parque Zoobotânico Arruda Câmara – Bica – é um jardim zoobotânico localizado em João Pessoa, capital paraibana. Com área de 26,8 hectares, a reserva é tombada pelo Iphaep desde 26 de agosto de 1980.
Popularmente chamada de Bica, em virtude de uma fonte natural de água potável, esse santuário ecológico recebeu o nome de Parque Arruda Câmara em homenagem a um botânico paraibano, Dr. Manoel Arruda Câmara em 24 de dezembro de 1922.
O Parque oferece várias opções de lazer e atende a duas funções : a função ecológica, que caracteriza o jardim botânico, com sua flora diversificada, com árvores seculares, plantas ornamentais e medicinais e a função de zoológico, onde abriga diversas espécies animais, entre aves, répteis, peixes, mamíferos e os anfitriões do Parque, os simpáticos macacos! Por essa razão, em 1999 o primeiro Parque Urbano Municipal de João Pessoa recebeu o título do Ibama de Parque Zoobotânico Arruda Câmara.
Lenda Indígena da Fonte Tambiá
A lenda indígena sobre o parque trata do amor entre dois jovens de duas tribos rivais: a índia Aipó filha de um cacique potiguara e o valente guerreiro Tambiá, da tribo cariri.A inimizade entre os dois povos impedia o casamento. Feito prisioneiro, Tambiá recebeu como «esposa da morte» a filha do inimigo. Executado na floresta, ele teve a última mensagem de sua amada: durante cinquenta luas, Aipé chorou sobre a tumba do amado.
Sobre tal lenda, no livro O que o vento não levou lê-se a seguinte narrativa:
O primeiro manancial d’água [de João Pessoa] foi a fonte da Igreja de São Francisco; depois a famosa ‘Bica’, no parque Arruda Câmara, bairro de Tambiá, que significa ‘olho d’água’. Diz a lenda que uma índia tabajara por nome Iapré, chorando a morte do amado que ali havia sido enterrado fez nascer uma fonte d’água de excelente qualidade, na qual ela enxugava suas lágrimas oriundas da saudade com seus imensos cabelos.
Do seu pranto originou-se a fonte do sítio, a partir daí intitulada Fonte Tambiá. A construção da fonte em pedra foi iniciada por ordem da Fazenda Real e custeada por donativos dados pela própria população. Entre os anos de 1889 à 1922 a fonte sofreu diversas mudanças vindo a incorporar ainda e 1922 ao parque que receberia o nome do botânico paraibano Arruda Câmara.
Em seu centro havia as armas imperiais em escudo de pedra. Além desta fonte, outras duas faziam a manutenção de água nas regiões do complexo franciscano ( A fonte de Santo Antonio) e na região por trás do Complexo Beneditino ( A bica dos milagres – em ruínas nos dias atuais).
A fonte do Tambiá é tombada pelo IPHAN, inscrita no Livro Histórico nº176 de 26 de setembro de 1941.
Horário de Funcionamento do Parque da Bica
Terça a Domingo: 8h às 17h (entrada até às 16h)
Telefones: 3218.9710 / 3218-9817