O Museu Mineral Mario Moacyr Porto está localizado na mina Brejuí de Currais Novos e representa uma amostra da riqueza mineral da região do Serido.
Construído pela Mineração Tomaz Salustino, através do esforço e dedicação da Sra. Nia Dutra, consultora de marketing e turismo, que conta com o apoio do Sr. Jerônimo Alves e da atual Diretoria, seus funcionários e corpo técnico, sabe construir um belo trabalho científico e cultural, e é homenageado por todos os elogios daqueles que apreciam tão rica coleção de minerais.
O museu enriquece os atrativos turísticos da Mina Brejuí e já foi visitado por mais de 53.600 turistas. O museu foi inaugurado em 6 de setembro de 2006 com a presença do Dr. Thiago Gadelha Simas, Secretário da Secretaria de Desenvolvimento Econômico.
Estavam presentes convidados das classes política,econômica,social e empresarial de Currais Novos,alem de diretores das minas do Serido.O descerramento da placa comemorativa ao evento foi realizado pela filha de Tomaz Salustino,sra Wenceslina Dutra e o senhores Marcelo Porto,Carlos Porto e a senhora Ana Maria Porto,filhos e nora do homenageado,Desembargador Mario Moacyr Porto.
Representantes do CEFET,SEBRAE,UFRN,SEDEC,DNPM,CPRM e de vários órgãos públicos se fizeram presentes ‘a inauguração do Museu.
Mina Brejuí
A Mina Brejuí, principal mina de scheelita (CaWO4) da América do Sul, está localizada no entorno da cidade de Currais Novos, a cerca de 8 km do centro, e é um exemplo clássico do potencial mineral da região do Seridó potiguar, além de evidenciar a relação da atividade mineradora com a comunidade em que ela se insere.
Geologicamente, o complexo da mina está correlacionado com a Formação Jucurutu, datado em 640 Ma, apresentando uma alternância entre paragnaisses, mármores e calcissilicáticas, que culminou com a geração do minério num processo relacionado com fluidos hidrotermais disponibilizados por intrusões ígneas.
Os paragnaisses são constituídos essencialmente de quartzo, feldspato e biotita, esta marcando forte orientação, além de epidoto, microclina, muscovita, minerais opacos, tremolita/actinolita. As calcissilicáticas apresentam composição de epidoto, titanita, quartzo, plagioclásio, apatita, hornblenda, malaquita, molibdenita e tremolita/actinolita. As lentes de mármore são formadas por calcita, tendo como minerais acessórios minerais opacos, tremolita e mica branca. Micaxistos da Formação Seridó também ocorrem no geossítio contendo biotita, granada, cordierita como principais minerais metamórficos.
A partir do estabelecimento da mineração na década de 1940, a cidade de Currais Novos apresentou grande desenvolvimento, o que possibilitou ao município a instalação de salas de cinema e até mesmo da primeira operadora de TV a cabo do Norte-Nordeste. Com o declínio do preço da commodity, houve redução da produção e eventual fechamento ao longo da década de 1990, com retomada apenas no final da década seguinte. Apesar disto, foi estabelecido pela empresa um parque temático em 2000, englobando Museu Mineral, Memorial ao fundador da mina e visitação às galerias de exploração desativadas, o que se tornou o principal atrativo deste geossítio.
Pode-se destacar ainda as dunas de rejeito, a planta de beneficiamento e o patrimônio construído associado à mineração, como a vila dos trabalhadores, igreja e oficinas mecânicas, além dos equipamentos antigos, que contam a história da mineração curraisnovense. Os principais interesses identificados neste geossítio, de valor internacional, são mineralógico, petrológico e mineiro.