
O Museu das Amazônias (MAZ) tem 3.100 m² conta com projeto assinado pelos escritórios Guá Arquitetura e be.bo.
O museu faz parte do Porto Futuro II, que compõem o conjunto de obras realizadas pelo Governo do Pará, deixadas como legado da COP30 à Belém.
O espaço do museu é distribuído em dois níveis. O térreo, com 2.000 m², concentra o percurso expositivo principal, o foyer de recepção e a loja. Já o mezanino, de 1.100 m², abriga a sala de exposição temporária, uma sala multiuso e o espaço criativo, pensado para receber ativações culturais diversas e abrigar usos flexíveis.
A experiência expositiva começa pelo foyer, ambiente de transição que prepara o visitante com paredes pintadas em geotinta avermelhada, resgatando pigmentos usados pelos povos marajoaras. O uso dessa tinta, fruto de pesquisa da Guá Arquitetura com o ateliê Mãos Caruanas, empresa de joias em cerâmica na Ilha do Marajó (PA), reforça a materialidade simbólica da construção.
Elementos arquitetônicos e artísticos são carregados de significados, como o globo de LED Simbiosfera, de Roberta Carvalho, suspenso entre os dois pavimentos para simbolizar a centralidade da Amazônia no imaginário mundial.
No térreo, a loja recebe peças de mestres artesãos paraenses, como a estante de Edson Rodrigues e a luminária de Ivan Leal, feita com raízes e pássaros de miriti. Já no andar superior, a exposição temporária Ajurí, que documenta a criação do museu, ocupa 500 m².
O espaço criativo, de 77 m², funciona como área livre de experimentação, enquanto a sala multiuso, de 150 m², foi projetada com estrutura modular capaz de receber 130 pessoas ou se dividir em até três ambientes, reforçando a versatilidade do projeto.